O curso pretende apresentar didaticamente um panorama geral da “grande transformação” sofrida pelo capitalismo e consequentemente pelas sociedades atuais nos últimos 50 anos. Para tanto, vamos revisitar algumas das principais teorias sobre as transformações estruturais na dinâmica e no sentido do trabalho atual. Com isso, compreenderemos como a generalização da precariedade e o espectro da indignidade tanto nas condições de trabalho como nas relações entre as classes se conformam como a principal característica das sociedades capitalistas atuais. Por fim, compreenderemos como o surgimento de um capitalismo “indigno” é o que explica em grande medida a ascensão e o fortalecimento atual da extrema direita.
O que você vai aprender
- Apresentação das ideias centrais e dos textos básicos do curso.
- Discussão sobre a perda da centralidade analítica das categorias de trabalho e classe para compreender a sociedade atual e o seu retorno recente na teoria social como um todo.
- Discussão sobre o fim do fordismo e o advento do chamado pós-fordismo, articulado a tese da sociedade do conhecimento, na qual o conhecimento seria a principal força produtiva contemporânea, para além do trabalho.
- Apresentação da influente tese da sociedade de risco, de Ulrich Beck, sua atualidade, bem como a tese da brasilização do Ocidente, do mesmo autor, que analisa como o trabalho precário chega na Europa questionando os pilares do Welfare State.
- Apresentação dos conceitos de Robert Castel, sua ideia de zona de vulnerabilidade, o fim da sociedade salarial, sua crítica ao conceito de exclusão e sua tese da desfiliação social, que significa a expulsão sem precedentes de pessoas do mercado de trabalho sem a sua reinclusão.
- Discussão sobre os conceitos de flexibilidade e descartabilidade de Richard Sennett, em sua famosa análise sobre a corrosão do caráter nas sociedades atuais.
- Discussão sobre a teoria do novo espírito do capitalismo de Boltanski e Chiapello, bem como a necessidade de legitimação e engajamento no novo capitalismo.
- Discussão da tese de Klaus Dörre sobre a expansão do capitalismo de risco e o limitar de uma crise econômica e ecológica na qual se encontram as sociedades atuais, bem como a necessidade de uma revolução sustentável.
- Discussão do livro A ralé brasileira de Jessé Souza e colaboradores, tematizando os conceitos de indignidade e a naturalização da desigualdade contemporânea.
- Discussão sobre a ideia de capitalismo indigno, de minha autoria, e a relação deste tipo de capitalismo com o surgimento da extrema direita em escala global.
Conheça seu professor
Fabrício Maciel
Fabrício Maciel é professor de Teoria Sociológica da UFF-Campos, da Pós-Graduação em Sociologia Política da UENF e atualmente professor visitante da Universidade de Jena, Alemanha. Realizou o doutorado em Ciências Sociais na UFJF, com estadia de sanduíche na Universidade de Educação de Freiburg, Alemanha. Além disso, realizou estadia de pós doutorado na Universidade Humboldt, em Berlim. Também é Bolsista de produtividade do CNPq, Jovem Cientista do Nosso Estado pela FAPERJ e editor da versão em português da revista Global Dialogue, da ISA, a International Sociological Association. Seus temas de estudo são capitalismo, trabalho, classes sociais, reconhecimento e a extrema direita na contemporaneidade. É autor de inúmeras publicações em português, inglês e alemão.
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