Não há como falar de história contemporânea com profundidade e amplitude desconsiderando o surgimento do esporte. Em perspectiva e alcance, o futebol, o esporte mais popular do mundo, é objeto de estudo indispensável para as ciências humanas. 2022 é ano de Copa. Um dos mais relevantes megaeventos do planeta que pode ser mensurado pelas cifras bilionárias que os países-sede, patrocinadores e o público como um todo destinam à sua preparação, realização e consumo. No entanto, sabemos que o impacto e influência que este evento exerce nos países envolvidos vai muito além de uma leitura mercadológica. Pensando nisso, o curso fará uma viagem no tempo a partir da criação da Copa pela FIFA, em 1930, desafiando seu rival institucional, o Comitê Olímpico Internacional (COI), até 2022, ano da realização da atípica Copa no Qatar, cercada de críticas pelas históricas violações de direitos humanos na região. As 22 Copas já realizadas serão agrupadas tematicamente dentro das 10 apresentações. Cada aula terá um apanhado de discussões consagradas no meio acadêmico e ao menos um tema mais aprofundado com uso de fontes (documentos de época, jornais, vídeos), indicações de leitura e a participação pontual de um especialista que irei consultar previamente e gravar um breve trecho da conversa. A décima primeira aula será um debate sobre a Copa que está por vir, com um grupo de pesquisadores que abordarão os temas mais relevantes em torno do Qatar 2022: softpower, discriminação, direitos humanos e geopolítica. A ideia é apresentar uma aula organizada em blocos que dinamizam a apresentação e introduzem o aluno a diferentes formas de acessar o conhecimento produzido sobre as Copas do Mundo, e, consolidar o esporte como uma janela privilegiada para observar e compreender os processos históricos e as correlações de força hegemônicas protagonistas do mundo no último século.
O que você vai aprender
- Porque uma Copa? Nacionalismos e Disputa entre Potências Europeias
- Disputa do controle do futebol entre COI x FIFA
- Porque o Uruguai foi escolhido como sede da Copa de estreia?
- Impacto geopolítico da vitória Uruguaia
- Como foi a recepção da Copa no Brasil?
- Usos políticos da Copa na Itália e Alemanha
- Apropriação do esporte pelo Nazi-fascismo
- Limites da interferência da FIFA na relação esporte e política
- Prévias Geopolíticas da Guerra manifestas em campo
- Cortina de Ferro dividem seleções - e nações!
- Relação Centro e Periferia do Capitalismo distorcida pela Guerra Fria é revelada na Copa?
- Recuperação econômica e moral alemã: O Milagre de Berna
- Maracanazzo, Barbosa e o racismo estrutural
- Início dos anos dourados da seleção brasileira e degradação da jovem experiência democrática: Pelé, JK, o otimismo vulnerável e Jango)
- Nacionalismo brasileiro em crise de esquizofrenia: orgulho dentro de campo, udenismo fora dele
- Descolonização africana e enfraquecimento dos selecionados europeus
- Primeira conquista inglesa em tempos de contracultura
- Eusébio: a última riqueza roubada pelo imperialismo Português
- O Tri da Seleção Brasileira, Ufanismo e "Milagre Econômico": a cortina de fumaça dos anos de chumbo da ditadura militar
- Conflito entre Honduras e El Salvador entra em campo por uma vaga para Copa de 1970
- Modernização Holandesa dentro e fora dos quatro linhas: a laranja mecânica e o colorido da contracultura em Amsterdã
- Golpe no Chile em 1973, boicote da URSS e decisão calorosa da FIFA no clima de Guerra Fria
- Uma nação dividida entra em campo: Alemanha Ocidental e Oriental na Copa de 1974
- Uso político da seleção argentina pela ditadura militar
- Pêndulo político da FIFA encosta na democracia: com o fim do Franquismo, Espanha recebe a Copa de 1982
- Nacionalismos dentro do território espanhol: com unir o país em torno da seleção na Copa de 82?
- Tragédia de Sarriá como prévia da frustante campanha das Diretas Já, apesar do Dia do Fico de Sócrates
- La mano de dios: Argentina dá o troco com Maradona pelas Ilhas Malvinas
- Extra: Fim do decreto de proibição do futebol feminino no Brasil (1979), Regulamentação no país (1983) e Torneio Experimental de Seleções - Embrião da 1a Copa do Mundo de Mulheres (1988).
- Alemanha reunificada e fortalecida: queda do mudo de Berlim e conquista de 1990
- Globalização do futebol dá os primeiros passos: brasileiros que atuam fora do país formam metade do elenco; EUA sede em 1994 e Japão estreia em 1998; expansão para 32 participantes (1998);
- A contradição do orgulho francês dentro das quatro linhas e a xenofobia fora de campo
- A trégua de chuteiras entre Irã x EUA na Copa de 1998
- Após uma década de investimento, o Japão, ao lado da Coreia, recebem o megaevento ocidental mais popular do mundo, ampliando mais uma fronteira da globalização
- Crescem denúncias de Corrupção sobre a FIFA, subornos e interferências entre países que disputam sediar Copas
- A primeira Copa na África: reconstrução da imagem pós Apartheid e softpower dos BRICS
- “Não vai ter Copa”: as manifestações de 2013 e a queda de Dilma Roussef em 2016
- A identidade nacional em disputa e difusa Lei Geral da Copa e Soberania Nacional
- Maracanazzo e Mineirazzo: aproximações e contrastes
- Russia 2018: racismo, homofobia e a influência da FIFA
- Dentro de campo Sérvia x Suíça, fora dele Albania x Kosovo.
- Quais os impactos da presença multicultural de turistas no Qatar?
- Qual a estratégia da FIFA em eleger o terceiro país sede não Europeu nas últimas 4 edições?
- Quais as expectativas da FIFA em relação à expansão da Copa do Mundo para 48 seleções?
- A que serve a Copa do Mundo no século XXI?
Conheça seu professor
Marco Lourenço
Comunicador Científico, Professor e Mestre em História Social do Futebol pela Universidade de São Paulo. Pelo Portal Ludopédio, atua como produtor de conteúdo, divulgador científico, host dos canais digitais e gerencia projetos da Editora Ludopédio.
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