O curso tem como objetivo trabalhar conteúdos fundamentais para o desenvolvimento da escrita e inserção à carreira literária. Desse modo, serão discutidos aspectos gerais da produção de histórias, estruturas narrativas, técnicas de escrita e compreensão do mercado editorial, suas limitações e potencialidades. Para o desenvolvimento de nosso curso, pretendemos apresentar formas, gêneros e estruturas das narrativas; compartilhar técnicas para a produção literária e construção de narrativas; discutir o passo a passo da produção de um livro; compreender as dinâmicas do mercado editorial e trabalhar aspectos fundamentais para tornar os livros atrativos aos leitores.
O que você vai aprender
- A distinção entre a carreira literária como profissão e a atividade de escrever um livro;
- A necessidade de se ter paciência para a produção de um livro e para a própria carreira literária;
- A compreender a impossibilidade de uma obra literária perfeita
A noção de originalidade; - Entender a necessidade de persistir na escrita;
- A importância de sempre levar em consideração o público-alvo do texto a ser trabalhado;
- As etapas da ausência de atenção (de ser ignorado) e da crítica (ser bombardeado por reações fortes e/ou negativas);
- A necessidade se escrever muito, escrever sempre, mas apenas apresentar o melhor conteúdo desenvolvido;
- A importância de concluir o conteúdo com o início, meio e fim (mesmo que não seja imediatamente publicável);
- A articulação entre o hábito da leitura e a prática da escrita;
- As dinâmicas reais do cotidiano da escrita e suas limitações;
- O processo e a dinâmica vagarosa de descoberta da “própria voz” na escrita;
- A necessidade de se estar aberto às mudanças e exigências de mudanças que o processo de produção da escrita requer;
- As distinções a articulações entre poesia e prosa;
- Os dois grandes modelos de prosa: (a) a ficção; e (b) a não-ficção;
- As especificidades dos gêneros de ficção, tanto em perspectiva anglo-saxã, quanto latina: romance, novela, noveleta, conto e microconto/nanoconto;
- Aspectos gerais de gêneros de não-ficção: história, biografias, autobiografias, livro de memórias, guias de viagem, relatos de viagem, textos acadêmicos, filosofia, reflexões, jornalismo, manuais e humor;
- A noção de inspiração a partir das discussões de Platão e Aristóteles em torno do conceito de mimesis;
- Conteúdos que possibilitam trabalhar modos para encontrar inspiração para a produção do livro: (a) a partir das vivências do próprio autor; (b) a partir da observação da vivência de outros; e (c) a partir das histórias ouvidas;
- A função de se construir um arquivo para consulta de materiais que componham histórias futuras;
- Como história e personagens são elementos fundamentalmente articulados, de modo a olhar criticamente a distinção entre histórias movidas pelo enredo e histórias movidas por personagens;
- Duas das oito regras para se escrever desenvolvidas por Kurt Vonnegut: (a) dê ao leitor/a ao menos uma personagem que possa conhecer; e (b) todas as personagens precisam querer alguma coisa;
- Compreender o desenvolvimento das histórias em torno dos conflitos que decorrem dos desejos das condições das personagens;
- A função da personagem protagonista, da antagonista, da deuteragonista, a tritagonista, o anti-herói e o falso protagonista;
Tipos romance: (a) romance com chave, (b) auto-ficção; (c) ficção histórica; (d) ficção;
- Estruturas de enredo para compreender o movimento das narrativas;
- A função, os limites e as dinâmicas dos modelos de construção narrativa;
- Os elementos da estrutura chamada de “a jornada do herói”;
- O papel fundamental do conflito e das tensões para o desenvolvimento do enredo em nossas narrativas;
- O foco narrativo como o ponto de vista da história a ser desenvolvida, distinguindo entre o sujeito e o narrador;
- A função da narração na história e os tipos de narrador: (a) narrador-personagem; (b) narrador-observador ou testemunha; e (c) narrador onisciente;
- O planejamento do tempo verbal da história: (a) presente; (b) pretérito (perfeito ou imperfeito); e (c) futuro (do presente ou do pretérito);
- Modos de apresentação de um texto narrativo: (a) narração; (b) descrição; (c) diálogo; (d);
- Técnicas narrativas: (a) flashback; (b) fast forward; (c) in media res; (d) fluxo de consciência; (e) literatura ergódica; (f) bonequinha russa; (g) cliffhanger; e (h) deus ex machina;
- As articulações entre a ficção e a não-ficção, assim como os desafios e as vantagens de se produzir um texto de não-ficção;
- A necessidade de se ter uma boa noção do público-alvo da não-ficção;
- A importância de se constituir um material consistente e bem delimitado por meio de pesquisa;
- A função de um texto acessível, claro e de boa compreensão ao leitor;
- As problemáticas e a importância do processo de revisão do trabalho desenvolvido;
- Diferenciar revisão e edição;
- Os dois modos de edição: (a) verificação de coerência, verossimilhança e não contradição; e (b) copy desk ou copy edit;
- As diferentes formas de edição: (a) cortar; (b) adicionar; e (c) substituir;
- A importância de se trabalhar junto a outros escritores e escritoras;
- As duas formas de publicação: (a) por meio de editoras comerciais; e (b) publicação independente;
- O processo de envio de originais às editoras comerciais e as dinâmicas internas das editoras;
- As limitações, os potenciais e os meios de publicação independente;
- Técnicas para criar um público leitor;
- Retomar aspectos fundamentais discutidos anteriormente;
- Aprofundar alguns temas específicos a partir de questões levantadas por alunos e alunas;
Conheça seu professor
Henry Bugalho
Formado em Filosofia pela UFPR e especialista em Literatura e História. Com um estilo de vida nômade, já morou em Nova York, Buenos Aires, Perúgia, Madri, Lisboa, Manchester e Alicante. Autor de romances, contos, novelas, guias de viagem e um livro de fotografia.
Para quem é indicado
Se você deseja escrever um livro, esse curso o(a) ajudará com técnicas narrativas e dicas sobre o mercado editorial. Ou serve para você que deseja saber como é o processo de composição de histórias, o que se passa na mente de um escritor ao produzir sua obra.
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Certificado de conclusão
Você poderá atestar sua participação no curso com um certificado de conclusão emitido pelo instituto, para comprovar sua conquista e que você poderá compartilhar inclusive com possíveis empregadores.
