A Comissão Nacional da Verdade (CNV) se constitui em um capítulo privilegiado das disputas pelas memórias da ditadura militar, desde o ponto de vista dos familiares dos mortos e desaparecidos políticos e sobreviventes, bem como o dos setores que a apoiaram. Vale lembrar, porém, que as lutas em defesa da reparação ficaram à margem da agenda política da redemocratização.
As lideranças políticas privilegiaram outras pautas, reforçando o discurso da “reconciliação nacional” para garantir a governabilidade da “jovem e frágil” democracia. Nesse contexto, foi criada a Comissão Nacional da Verdade em 2012. A despeito dos esforços empenhados pela CNV, porém, muitos fatos e acontecimentos permanecem desconhecidos ao mesmo tempo em que se observa a existência de importantes lacunas nas articulações entre o passado e o presente. Nesse sentido, a tentativa de golpe de 2023 se constitui em uma relevante manifestação do peso do legado ditatorial no Brasil.
Com o objetivo de contribuir para o entendimento desse passado recente e seu legado, esta aula procura caracterizar o aparato repressivo da ditadura, bem como o protagonismo dos familiares de mortos e desaparecidos políticos e sua rede de solidariedade na resistência à ditadura militar. Busca-se oferecer um panorama reflexivo sobre o período ditatorial, considerando-se que reconstruir as tramas dessa história sob essa ótica apresenta novas possibilidades de interpretação sobre esse passado, cuja atualidade permanece.
O que você vai aprender
Conheça sua professora
Janaína Teles
Janaína Teles é professora de História do Brasil na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e do curso de especialização em Direitos Humanos e Lutas Sociais do CAAF/Unifesp. Historiadora formada pela USP, tem pós-doutorado em História pela Universidade de S. Paulo (2012-2015), e em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas (2016-2017). É coordenadora do Grupo de Pesquisa do CNPq “Ditadura e autoritarismo: memória, legado e justiça”. É pesquisadora colaboradora do Grupo de Pesquisa Direitos Humanos, Democracia e Memória do Instituto de Estudos Avançados (GPDH-IEA) da USP e secretária-geral do Instituto de Estudos sobre a Violência do Estado (IEVE).
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